“…A distância do processo de tomada de decisões das instituições internacionais perante os cidadãos dos Estados-partes, a ausência de participação popular nas discussões internacionais e a falta de transparência e accountability pública das mesmas favoreceram a defesa da existência de um déficit democrático no âmbito das organizações internacionais (KEOHANE, 2011;SCHMIDT, 2013;GRANT, 2002). Como resposta a essa constatação, a implantação de esferas parlamentares internacionais, vinculadas ou não a organismos internacionais e regionais pré-existentes, seria um possível instrumento para a redução desse déficit de democracia e legitimidade das instituições internacionais (CUTLER, 2001;DRUMMOND, 2005;FOLLESDAL;HIX, 2006;GOETZE;RITTBERGER, 2010).…”