“…Questões de poder amostral decorrentes de amostras clínicas pequenas e da ausência de grupos de comparação (ex., Smith & Israel, 1987), défices na representatividade amostral das várias faixas etárias (ex., Daie, Witztum, & Eleff, 1989), métodos de recolha de dados suscetíveis de viés (ex., sondagens telefónicas tomando exclusivamente os pais das crianças como informantes; Finkelhor et al, 2006), entre outras, estarão seguramente implicadas na discrepância das frequências anteriormente referidas. Se a estas se juntarem questões conceptuais de base, como o uso de definições inconsistentes das várias formas de violência entre irmãos (Krienert & Walsh, 2011a;Krienert & Walsh, 2011b), compreende-se que este fenómeno tenha "contornos ambíguos", que seja difícil o controlo estatístico dos vários fatores causais envolvidos (Stock, 1993), e que, com algumas exceções (ex., Hardy, 2001;Krienert & Walsh, 2011a;Krienert & Walsh, 2011b), ocorra um hiato na literatura quanto à caracterização de vítimas, perpetradores e incidentes de violência. Alguns autores (ex., Eriksen & Jensen, 2009;Kettrey & Emery, 2006) têm levantado esta questão da ambiguidade conceitual que rodeia a investigação no âmbito da violência entre irmãos.…”