Tanto a ideia de uma psicologia experimental quanto a realização de experimentos psicológicos já estão presentes no século 18. Contudo, é no século 19, primeiramente nas universidades alemãs, que a psicologia experimental adquire um novo estatuto, marcando fortemente a identidade da nova psicologia. O objetivo do presente artigo é apresentar uma reflexão de caráter histórico-filosófico sobre a natureza da psicologia experimental, com base nas contribuições de Fechner, Wundt e James. Depois de apresentar sua dimensão histórica, discutimos sua relação com a psicologia experimental contemporânea, no sentido de esclarecer se elas podem iluminar de alguma forma seu caminho futuro. Concluímos que um diálogo efetivo depende da modificação de certas condições estruturais do modelo atual de formação do psicólogo.