O objetivo deste artigo é analisar as interferências presentes em redações escritas por venezuelanos aprendizes de português. Weinreich (1974 [1953]) define interferência como a influência de uma língua A sobre uma língua B, que resulta em estruturas que não pertencem ao sistema gramatical de nenhuma das línguas envolvidas. A coleta de dados ocorreu entre 2015 e 2017 em um curso de português como língua estrangeira na fronteira Brasil/Venezuela. O corpus foi composto por 47 redações escritas por 23 estudantes venezuelanos. Do ponto de vista linguístico, a interferência flexional é a mais recorrente, com 92 ocorrências.