A atuação de Antônio Luis Cavalcanti e Albuquerque de Barros Barreto na Reforma Sanitária da Bahia (1924-1930)

Abstract

RESUMO O artigo tem como objetivo analisar a trajetória profissional do médico Antônio Luis Cavalcanti de Albuquerque de Barros Barreto, ex-bolsista da Fundação Rockefeller e Inspetor do Departamento Nacional de Saúde Pública, na reforma sanitária ocorrida na Bahia, entre 1924 e 1930. Para a compreensão desse processo, são utilizados os Relatórios e o discurso de posse do médico na Subsecretaria de Saúde e Assistência Pública, o seu cartão de bolsista na Rockefeller, o memorial apresentado à Faculdade de Medicina da Bahia, os Archivos Paranaenses de Medicina e os Archivos Brasileiros de Medicina. A contextualização das fontes permitiu compreender que a atuação de Barros Barreto buscou alinhar as ações desenvolvidas no estado com os ideais do movimento sanitarista da segunda década do século XX e da Fundação Rockefeller.

“Professional pharmacy and industrial pharmacy”: disputes between doctors and pharmacists in Salvador at the end of the 19th century

“…Over time, the health authorities encountered new problems for implementing health measures. One of these was overlapping legislation, suggested with the Sanitation Code, which created difficulties for punishing crimes defined in the Penal Code, such as charlatanism, of which numerous pharmacists had been accused 26,27 . The era of defenders of Lombroso such as Nina Rodrigues with his persecution of mestiços healing practices and Pacífico Pereira, the author of long texts against charlatanism, was already in the past.…”

“A pharmácia profissão e a pharmácia indústria”1: conflitos entre médicos e farmacêuticos em Salvador em fins do século XIX

“…Com o passar dos anos, as autoridades sanitárias se depararam com novos problemas para implementar as medidas de higiene. Um deles foi a sobreposição de legislação, surgida com o Código Sanitário, que trazia a dificuldade de punir crimes que eram previstos e definidos no Código Penal, como o próprio charlatanismo, do que diversos droguistas foram acusados 26,27 . Já ia longe, porém, os tempos de defensores de Lombroso como Nina Rodrigues, com sua perseguição a práticas de cura dos mestiços, e de Pacífico Pereira, autor de longos textos contra o charlatanismo -época em que, apesar da perseguição generalizada, havia também muita discussão sobre a liberdade do exercício da medicina e das artes de curar, conduzida inclusive pelos primeiros republicanos, adeptos do positivismo 28 .…”