“…Tal contestação destaca a situacionalidade e localização do gênero e coloca os universalismos em suspeição pelo potencial de ocultação de posições de privilégio que eles contêm. Em adição, a prática e teoria feminista contemporânea transforma substantivamente o projeto político-epistemológico feminista, abrindo-o para muito além da luta por direitos e interesses de 'mulheres' para defini-lo como luta contra a sujeição, a opressão e a dominação sexistas, pelo reconhecimento e justiça social a grupos historicamente subalternizados pelo patriarcado capitalista, pelo colonialismo e imperialismo (FRANKLIN, 2001;BATTLE-BAPTISTE, 2011;GONZALEZ, 1984GONZALEZ, , 1988bLUGONES, 2014;COSTA, 2002;BRAH, 2006; entre outras). Daí que uma arqueologia feminista, portanto, pode ser muito mais que uma arqueologia de 'mulheres' (ou sobre 'mulheres') para ser uma arqueologia não opressiva; não sexista, não racista, não machista e não colonialista.…”