“…Inúmeras iniciativasgovernamentais ou privadasforam realizadas na cidade de São Paulo, no período, com o intuito de promover novas relações com a natureza e seus elementos24 . A constante tentativa de os médicos intervirem e controlarem os hábitos da população, externada pelos métodos muitas vezes pouco ortodoxos utilizados pelos higienistas médicas realizadas na instituição escolar"(DALBEN, 2009, p. 64), também estudados por Kuhlmann Júnior e Fernandes (2014) e Kuhlmann Júnior (2019); as colônias de férias, analisadas porBerto, Ferreira Neto e Schneider (2009),Dalben e Soares (2011) e Dalben(2016); os preventórios e sanatórios, indicados para prevenção e cura dos males da saúde, especialmente com o contato com os ares da montanha ou a brisa da beira-mar (BERTOLLIFILHO, 1990;VIANNA E ELIAS, 2007;ROSENBERG, 2008;ZANETTI, 2008;SILVA, 2019); e as escolas ao ar livre, que tiveram seu primeiro representante em 1939, com a criação da Escola de Aplicação ao Ar Livre Dom Pedro II, em São Paulo(DALBEN, 2009; , ALMEIDA, 2015.A aproximação entre as águas e a natureza perigosa e incontrolável se fazia presente nos discursos médicos e higiênicos. A ideia de que os rios eram responsáveis por catástrofes era bastante presente, já que eram nesses espaços que ocorriam afogamentos; eram os rios, também, que, com volúpia avassaladora, inundavam casas, ruas e estabelecimentos comerciais.A sujeira e as contaminações frequentemente atribuídas aos rios também impediam que os discursos médicos e higiênicos os recomendassem como divertimentos sadios.…”