Resumo
Revestimentos soldados são aplicados com o intuito de prolongar a vida útil
IntroduçãoA campanha operacional de equipamentos que operam em ambientes agressivos pode ser ampliada se estes forem protegidos por revestimentos. Para isto existem várias técnicas de proteção superficial de componentes tais como: pintura, galvanização, metalização por aspersão térmica, cladização (chapas revestidas), eletrodeposição (Cu, Ni), por difusão (cementação e deposição em fase gasosa), redução química (niquelação), soldagem (hardfacing) [1,2].O termo hardfacing refere-se à deposição de um revestimento soldado de composição química distinta daquela do metal de base (componente) com o objetivo de alcançar na superfície propriedades específicas e que o substrato não possui. Existe uma grande variedade de materiais que podem ser aplicados como revestimentos, entre os mais importantes destacam-se as superligas a base de níquel e a base de cobalto. Os substratos mais comumente utilizados são os aços de baixo carbono ou médio carbono e os aços inoxidáveis, [2,3]. As superligas a base de níquel são conhecidas pela excelente resistência à corrosão em elevadas temperaturas. Já aquelas a base de cobalto destacam-se pela elevada resistência ao desgaste, sendo a mais e empregada a superliga denominada Stellite 6. Este material possui excelente resistência às várias formas de degradação química e mecânica sob temperaturas, mantém a dureza até 800°C, e tem baixa tendência ao aparecimento de trincas [4]. No entanto, as propriedades dos revestimentos de ligas de cobalto dependem do processo de deposição e para cada tipo de processo, dos parâmetros de processamento utilizados. Para a deposição são utilizados os processos de soldagem oxigás, a arco e laser, os quais são aplicados, preferencialmente, para obter espessuras maiores quando comparados aos processos de aspersão térmica, nos quais ocorre um ancoramento mecânico entre material de base e o revestimento [2]. Segundo Wu et al [3]