O impacto adverso da construção sobre o meio ambiente contribuiu para o desenvolvimento do conceito de construção sustentável em todo o mundo. Com base nisso houve muitos sistemas de certificação desenvolvidos para fornecer à equipe do projeto uma estrutura para ajudar a alcançar um melhor desenvolvimento sustentável e para avaliar esses edifícios. Atualmente, diferentes países desenvolveram e estudaram extensivamente essessistemas de classificação, tendo sido, neste cenário, proposto vários indicadores de desenvolvimento sustentável. No entanto, estudos anteriores de outros autores apontam que esses sistemas apresentam negligência da valoração entre os eixos ambiental, social e econômico dos indicadores. Logo, este artigo buscou a percepção da sustentabilidade de diferentes países pela ótica dos seus sistemas de certificação, de forma a perceber o motivo dessa falta de ponderação entre os três eixos da sustentabilidade, bem como quais características cada uma influencia. Os resultados encontrados pela revisão bibliográfica demonstram que as diferentes valorações dos sistemas são em virtude de controlar problemas locais, como, por exemplo, o enfoque sobre o consumo de água pelo Green Star da Austrália, as características da estrutura com foco para clima tropical do Green Mark de Cingapura, e a grande valoração em fatores energéticos pelo LEED e BREEAM. Deste modo, apesar de todos os sistemas apontarem essas características em termos de indicadores de desempenho energético, o que aponta para um problema mundial atual, derivado das emissões causadas pelo consumo de energia e entre outros. Com base nisso é possível concluir que em muitos casos não há uma negligência em termos de valoração, mas sim uma necessidade perante os problemas atuais. Futuramente com o controle destes problemas, espera-se que novas atualizações dos sistemas de certificação de sustentabilidade valoração para outros aspectos, conforme a necessidade.