A constituição de subjetividades legitimadoras das desigualdades de gênero: um estudo a partir de referenciais da Psicologia e Educação

Abstract

This work falls in the area of Moral Phychology. We investigated beliefs and values that support teenager sex-role socialization, more specifically, social gender representations of young people from popular urban communities. Our research carried out with a little more than two hundred boys and girls, between eleven and fifteen years old, in a public municipal school, at the north zone of the city of São Paulo. We choose as research tool a questionnaire containing six incomplete statements that suggested associations to social roles, in relation to femininity or masculinity. It was supplemented by four different conflicts of interest, first among partners of the opposite sex and later on by the same-sex peers. Applied an analysis to the answers from the "Organizing Thought Models" references, it was possible to us to identify the central perception ideas in which, young people, anchored their representations for each one of the ten different statements. The results show that, although girls and boys recognize that the world is gendered at a very young age, they do not establish value judgments.However, from some stage during puberty, especially after thirteen years old, young women and young men introduce some variables that suspend, in some way, the natural equality between the sexes and established subordinations down hierarchies which complain the valuation, gradual and uneven, regarding to social gender roles. A Hans e Ruth, que me trouxeram à maravilhosa aventura chamada existência e, cujo exemplo de luta e determinação fizeram-me uma pessoa melhor.A Dagmar, com quem aprendi a importância das nossas opções. Quantas travessuras! As conseqüências nos fizeram ver que, escolhas, têm necessariamente um preço... Ao Walter, meu companheiro, parceiro e tantas vezes cúmplice. Sem o seu apoio, e por que não dizer, o seu arrimo, esta teria sido uma empreitada impossível. Obrigada pela compreensão das horas de convívio "roubadas". Agradeço pelos bilhetinhos espalhados pela casa com as suas mensagens de apoio. Compartilho apenas um deles: "Até que tentes, não saberás do que és capaz de realizar..." À Karina, Daniela e Bianca que me inspiraram a desejar um mundo melhor para as futuras gerações. Dedico este trabalho especialmente a vocês, amadas filhas! À Neusa -comadre querida -pelas palavras de incentivo. À Isabel -Bebel -por sua preciosa e estimulante "torcida". E especialmente à minha inseparável parceira Deílza, que cuidou de todos os detalhes para que eu pudesse concretizar mais este estágio.À Susi e Carmem pelas substituições empreendidas em nossa jornada voluntária...À Lúcia e Sônia pela tolerância e compreensão com minhas ausências, indisposições e atrasos no cumprimento de meus compromissos na Escola Estadual Ministro Salgado Filho. À Angélica e Rosana, da Diretoria de Ensino Sul 1, pela "sustentação" em momentos decisivos. À Profa. Dra. Valéria Amorim Arantes por ter depositado em mim a confiança que viabilizou cada pequena conquista deste longo trabalho; por sua competência acadêmica e seu entusiasmo ...

Juízos e valores morais: a perspectiva de investigação dos modelos organizadores do pensamento

“…No Brasil destacam-se as pesquisas de Affonso (2008), Lemos-de-Souza (2008a, 2008b, Lemos-de-Souza e Vasconcelos (2003), Martins (2003Martins ( , 2008, Pátaro (2007), Stach-Haertel (2009), Trevisol (2002 De um modo geral, esses estudos podem ser reunidos em três grupos: (a) dedicam-se a investigar o papel organizativo dos estados emocionais e dos sentimentos nas relações entre juízos e ações morais (Araújo, 2000(Araújo, , 2003Araújo & Sastre Vilarrasa, 2003, 2005Martins, 2003); (b) estão voltados para a complexidade de juízos morais elaborados em função dos conteúdos envolvidos em conflitos (princípios morais de justiça, felicidade, cuidado), numa perspectiva psicogenética ou não (Lemos-de-Souza, 2008a;Lemos-de-Souza & Vasconcelos, 2003;Pávon, 2002;Sastre Vilarrasa, Moreno Marimón, & Fernández, 1994;Sastre Vilarrasa & Timon Herrero, 2003); (c) investigam as mudanças de modelos em função de diferentes idades a partir de problemas morais ou de conhecimento social (Sastre Vilarrasa, Moreno Marimón, & Pávon, 2001;Trevisol, 2002;Vasconcelos, Bellotto, & Endo, 2007).…”

Resolução de conflitos interpessoais e as histórias em quadrinhos: uma possibilidade de interlocução

“…Sobre os valores e crenças de crianças em ambiente urbano (uma interlocução entre cultura, gênero e idade), Stach-Haertel (2009), constatou que, quanto maior a idade da criança, mais duradouras as marcas das disparidades circunscritas nas desigualdades de gênero, como expressão de agressividade, de afeto, tipos de brincadeiras mais ou menos aceitas para meninos e para meninas, características de personalidade atribuídas a estes, etc.…”

Afetividade, valores e referências morais: um estudo com jovens estudantes da rede pública estadual paulista

“…Complementam os temas a serem abordados em nossos pressupostos teóricos questões que, a nosso ver, possam contribuir para compor um cenário a partir do qual se empreenda a compreensão das subjetividades, especialmente em sua perspectiva ética e moral; neste sentido, temas como self, afeto e afetividade, sentimentos potencialmente morais, para além da ética em sua interação com a educação, ampliam a abrangência de nossos pressupostos teóricos iniciais com vistas, em especial, à presente discussão teórica e empírica inspirada, outrossim, por investigações anteriores (STACH-HAERTEL, 2006, 2009. O propósito central à atual proposta é ampliar nossa compreensão sobre as possíveis influências que exerçam potencialmente as referências pessoais na formação de subjetividades éticas.…”