Este estudo de campo teve o objetivo de identificar como se organiza o cuidado domiciliar da pessoa acamada com sequela após acidente vascular encefálico (AVE). Esse tipo de cuidado está cada vez mais assumindo o papel essencial, que inclui assistir com maior comodidade e menores custos pessoas com limitações que as impedem de procurar a assistência ambulatorial. A pesquisa foi de cunho quanti-qualitativo, descritivo e de campo, realizada com 15 pessoas acamadas e com limitações em decorrência de AVE e 15 cuidadores ou familiares, na área de abrangência da Estratégia de Saúde da Família. A coleta dos dados deu-se por entrevistas semiestruturadas, entre março e agosto de 2012, previamente agendadas no próprio domicílio dos pacientes. Os resultados mostraram que o familiar ou o cuidador necessitam estar preparados para cuidar. Verificou-se também a importância da atuação da equipe de saúde, a fim de reduzir complicações clínicas, aumentar a participação da família no cuidado a esse sujeito, com participação na reabilitação, na reintegração social e, consequentemente, proporcionando-lhe uma melhor qualidade de vida. A equipe precisa de reorganização dos serviços e planejamento para visitas domiciliares e orientações específicas para o cuidado das pessoas acamadas com AVE em domicilio.Palavras-chave: cuidadores, equipe de assistência ao paciente, assistência domiciliar, limitação da mobilidade, atividades cotidianas.