IntroduçãoLittle, em 1843, descreveu, pela primeira vez, a encefalopatia crônica da infância, e a definiu como patologia ligada a diferentes causas e características, principalmente por rigidez muscular. Em 1862, estabeleceu a relação entre esse quadro e o parto anormal. Freud, em1897, sugeriu a expressão paralisia cerebral, que, mais tarde, foi consagrada por Phelps, ao se referir a um grupo de crianças que apresentavam transtornos motores mais ou menos severos devido à lesão do sistema nervoso central, semelhantes ou não aos transtornos motores da Síndrome de Little. 19,20 Designa um grupo de afecções do SNC da infância que não têm caráter progressivo e que apresenta clinicamente distúrbios da motricidade, isto é, alterações do movimento, da postura, do equilíbrio, da coordenação com presença variável de movimentos involuntários.
Paralisia cerebral Aspectos Fisioterapêuticos e ClínicosJaqueline Maria Resende Silveira Leite 1 , Gilmar Fernandes do Prado 2 RESUMO A paralisia cerebral congrega um grupo de afecções permanentes do sistema nervoso central sem caráter progressivo e de instalação no período neonatal. Há várias abordagens terapêuticas com possíveis benefícios ao paciente com paralisia cerebral, porém poucas embasadas em evidências científicas indiscutíveis.A abordagem fisioterapêutica teria a finalidade de preparar a criança para uma função, manter ou aprimorar as já existentes, atuando sempre de forma a adequar a espasticidade. Entretanto, o prognóstico da paralisia cerebral depende evidentemente do grau de dificuldade motora, da intensidade de retrações e deformidades esqueléticas e da disponibilidade e qualidade da reabilitação.Este artigo revisa aspectos clínicos da paralisia cerebral, discutindo a fisioterapia e as diversas abordagens terapêuticas utilizadas.Descritores: Paralisia Cerebral, Espasticidade, Tratamento, Reabilitação.
SUMMARYCerebral palsy complies a group o permanent and no progressive central nervous system affection installed at neonatal and/or pre natal period. There are many ways to care and possible benefits to cerebral palsy patients, but we have almost no evidence-based approach to treat those patients.Physical therapy could help the child preparing, keeping, or even improving functions, always targeting reduction of spasticity. Of course the cerebral palsy prognostic depends upon the degree of motor impairment, retractions, skeletal deformities, and availability and quality of rehabilitation service.This paper intends to revise some clinical aspects of cerebral palsy, discussing the physical therapy and others therapeutics approaches performed.