Objetivo: O tromboembolismo venoso (TEV) está associado a um grande impacto em saúde. A rivaroxabana é uma das opções recomendadas para o tratamento de TEV, segundo diretrizes internacionais (American College of Chest Physicians – ACCP 2016) (Kearon et al., 2016). É um anticoagulante oral, inibidor direto do fator Xa, que possui a vantagem de não requerer monitoramento e ajuste de dose de acordo com parâmetros laboratoriais de coagulação. O objetivo deste estudo foi comparar os custos diretos da rivaroxabana com a combinação de enoxaparina/varfarina e estimar o impacto orçamentário de sua introdução no Sistema de Saúde Suplementar brasileiro. Métodos: Realizaram-se análises de custo-minimização e impacto orçamentário comparando os tratamentos com rivaroxabana e enoxaparina/varfarina, em um horizonte temporal de um ano, sob a perspectiva do Sistema de Saúde Suplementar brasileiro. Foram considerados custos médicos diretos durante o período de internação hospitalar (medicamentos, hospitalização, acompanhamento ambulatorial e eventos adversos). A população de pacientes elegíveis foi estimada a partir de uma abordagem epidemiológica, considerando o sistema de saúde privado como um todo e para diferentes portes de operadoras de saúde. Resultados: Estimou-se que o tratamento de TEV com rivaroxabana pode gerar R$ 1.996,99 de economia comparado ao tratamento com enoxaparina/varfarina, principal[1]mente devido à redução do tempo de hospitalização. O impacto orçamentário da introdução da rivaroxabana no Sistema de Saúde Suplementar apresentou economia de recursos potencial em todos os cenários analisados. A robustez do modelo foi testada por análises de sensibilidade determinísticas e a economia de recursos promovida pela rivaroxabana foi mantida em todas as variações. Conclusão: A rivaroxabana é uma alternativa para o tratamento de TEV que possui o potencial de gerar economia de recursos ao Sistema de Saúde Suplementar brasileiro.