O artigo analisa a vulnerabilidade externa dos países periféricos latino-americanos, no contexto da globalização financeira. Para isso, busca desenvolver uma abordagem que integre os elementos da teoria estruturalista, que considera as especificidades produtivas e tecnológicas desses países, com os da teoria pós-keynesiana, que ressalta as especificidades monetárias e financeiras. Argumenta-se, então, que os países da América Latina são mais vulneráveis a oscilações na preferência pela liquidez internacional do que os países centrais, devido ao baixo desenvolvimento dos seus sistemas nacionais de inovação, à concentração da sua pauta de exportações em bens primários e da sua pauta de importação em bens de capital e insumos processados, à baixa liquidez de suas moedas no cenário externo, à sua inserção marginal nos fluxos internacional de capital e ao baixo desenvolvimento dos seus sistemas financeiros domésticos.