Este artigo explora como a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) e o Ensino de História podem atuar como espaços de luta antirracista, formação crítica e emancipatória. A partir das contribuições teóricas de Jörn Rüsen, Bell Hooks, Paulo Freire, Nilma Lino Gomes, Munanga e outros importantes autores, a análise demonstra que a EPT, quando integrada a práticas pedagógicas críticas, transcende a simples formação técnica, promovendo uma educação que desafia as desigualdades raciais e sociais. A consciência histórica emerge como uma ferramenta essencial para desconstruir narrativas hegemônicas e fomentar uma cidadania crítica e engajada. No entanto, a transformação educacional proposta enfrenta resistências profundas, arraigadas nas estruturas capitalistas que sustentam a dualidade educacional. Para que a EPT cumpra seu papel emancipador, é necessário um compromisso contínuo com a formação docente e a reformulação curricular, garantindo a inclusão de grupos historicamente marginalizados e a construção de subjetividades críticas. O artigo reafirma, portanto, a importância de uma educação que, além de preparar para o mercado de trabalho, forme cidadãos conscientes, capazes de atuar na transformação social.