A Cross-Sectional Cohort Study of Speech in Five-Year-Olds with Cleft Palate ± Lip to Support Development of National Audit Standards

Abstract

Developing standards has facilitated more meaningful reporting of speech outcomes and treatment processes. Evidence-based standards were defined and extensively tested, enabling centers to compare their performance with national trends. One 5-year outcome standard was achievable; the other two standards will require modification through the mandatory annual national audit program.

Influência da amostra de fala no julgamento perceptivo da hipernasalidade

“…Os sintomas de fala mais comuns decorrentes da IVF são a hipernasalidade, a emissão de ar nasal (audível ou não) e a fraca pressão aérea intraoral, conhecidos como distúrbios obrigatórios e as articulações compensatórias, também conhecidas como distúrbios articulatórios compensatórios (PETERSON-FALZONE; HARDIN-JONES; KARNELL, 2001;PANNBACKER, 2004;KUEHN, 2007;HIRSCHBERG, 2012;BRITTON et al, 2014). As articulações compensatórias são consideradas desvios na produção dos fones devido às alterações estruturais decorrentes da fissura ou da presença de fístula no palato, os quais são produzidos com a finalidade de se obter o bloqueio do fluxo de ar durante a emissão de fones plosivos e fricativos (GENARO; FUKUSHIRO; SUGUIMOTO, 2007;PEGORARO-KROOK et al, 2010;MARINO et al, 2012).…”

“…Por isso, muitos autores têm proposto diferentes formas para categorizar a fala de indivíduos com fissura palatina na tentativa de se estabelecer um padrão universal que possibilite, inclusive, estudos inter-centros (JOHN et al, 2006;HENNINGSSON et al, 2008;LOHMANDER et al, 2009;PRATHANEE et al, 2012;BRITTON et al, 2014). No que se refere à avaliação instrumental, vários métodos são empregados para investigar a função velofaríngea, relacionando os aspectos fisiológicos com o aparecimento da hipernasalidade, tais como a videofluoroscopia, a nasofaringoscopia, a nasometria e a técnica fluxo-pressão (KUEHN; MOLLER, 2000; TRINDADE; YAMASHITA; BENTO GONÇALVES, 2007).…”

“…Considerando-se que o tipo de amostra pode influenciar o julgamento da hipernasalidade, nos últimos anos, têm-se recomendado a documentação em áudio e/ou vídeo da avaliação perceptiva, em especial, da amostra de fala, o que permite o julgamento dos sintomas por diferentes avaliadores e mais de uma vez pelo mesmo avaliador, favorecendo a confiabilidade da avaliação subjetiva (JOHN et al, 2006;HENNINGSSON, et al, 2008;CIOCCA, 2009;LOHMANDER et al, 2009;BRITTON et al, 2014). Segundo levantamento de estudos realizados há 50 anos feito por Bressmann e Sell (2014), já em 1964, clínicos e pesquisadores da área utilizavam-se de estratégias como as gravações de fala para garantir a confiabilidade da avaliação perceptivo-auditiva da hipernasalidade.…”

“…Indivíduos com fissura palatina apresentam alto risco de desenvolver alterações de fala, tais como, hipernasalidade, emissão de ar nasal, fraca pressão intraoral e articulações compensatórias decorrentes da disfunção do mecanismo velofaríngeo (GENARO; FUKUSHIRO; SUGUIMOTO, 2007;WHITEHILL, 2002;BRITTON et al, 2014). O diagnóstico dos sintomas da fala é feito por meio de avaliação perceptivo-auditiva, método considerado "padrão-ouro" na avaliação da fala de indivíduos com fissura palatina e principal indicador da significância clínica destes sintomas (LOHMANDER; OLSSON, 2004;TRINDADE et al, 2005;YAMASHITA, TRINDADE, 2010).…”

“…O diagnóstico dos sintomas da fala é feito por meio de avaliação perceptivo-auditiva, método considerado "padrão-ouro" na avaliação da fala de indivíduos com fissura palatina e principal indicador da significância clínica destes sintomas (LOHMANDER; OLSSON, 2004;TRINDADE et al, 2005;YAMASHITA, TRINDADE, 2010). Contudo, em função de seu caráter subjetivo, este tipo de avaliação está sujeito à influência de diversos fatores, de tal modo que, a literatura recomenda que a avaliação perceptiva seja documentada em áudio e/ou vídeo permitindo, assim, que o julgamento quanto à presença e à gravidade dos sintomas de fala de um indivíduo seja resultado da concordância entre mais de um avaliador (LOHMANDER; OLSSON, 2004;SELL, 2005;BRUNNNEGARD;LOHMANDER, 2007;CIOCCA, 2009;LOHMANDER et al, 2009;BRITTON et al, 2014). Dentre os fatores que podem influenciar o julgamento perceptivo dos sintomas de fala, em especial a hipernasalidade, está o tipo de amostra de fala analisada, que é objeto de estudo deste trabalho.…”