Muitas comunidades indígenas buscam em seu território meios de obter renda a fim de suprir as diversas necessidades de seus integrantes. Para tanto, criam projetos atrelados ao desenvolvimento sustentável, quase sempre dialogando com ONGs, Universidades e agentes governamentais. Contudo, alcançar resultados positivos dessas iniciativas e das interações com outras estruturas depende de muitos esforços e da capacidade de aprender com os erros. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é descrever e discutir as experiências do povo Paiter Suruí da Terra indígena Sete de Setembro (TISS) pela busca do desenvolvimento sustentável. Para tanto utilizou-se a pesquisa bibliográfica e documental e, complementarmente, entrevista com um dos representantes de uma associação indígena a fim de atualizar algumas informações levantadas durante as pesquisas bibliográficas. Mesmo sob pressões externas acerca de seu território, o povo Paiter Suruí tem demonstrado capacidade de agência ao longo dos anos, com a criação dos projetos Pamine de reflorestamento e o REDD +. As experiências verificadas neste trabalho apontam para a perspectiva da sustentabilidade desejada na Agenda 2030, por promover a integridade ecológica do território, por integrar as dimensões econômicas, sociais, culturais, ecológicas e éticas, cuidando da terra, da água, da biodiversidade e do clima.