“…A disciplina se encontra, todavia, capacitada, ou pelo menos mobilizada, para intervir e produzir conhecimentos e atender essas demandas sociais maiores após os desenvolvimentos conceituais e metodológicos dos últimos trinta anos, tais como o desenvolvimento e organização de espaços de debate (Raoni et al, 2022), a ideia de intervenção e organização capacitantes, métodos de concepção participativa, dentre outros (Falzon;Spérandio, 2023). Do mesmo modo, a presença no debate com disciplinas próximas, interessadas pelo trabalho, sobre a promoção do desenvolvimento das pessoas e dos sistemas (Arnoud et al 2022), sobre a democratização das relações de trabalho (Clot et al, 2021), sobre a própria intervenção nas situações de trabalho (Ullman et al 2017) assim como a participação em estudos e intervenções em equipes multidisciplinares, como no caso do enfrentamento aos agrotóxicos (Galey;Garrigou, 2020), habilitam a Ergonomia da Atividade a compreender e intervir nas necessárias 'transições' da produção, da vida, da alimentação, da proteção ao ambiente e à vida (Renouard et al 2020). Parece necessário, portanto, ação no campo da gestão e das políticas públicas (Falzon;Spérandio, 2023),…”