A prematuridade é uma síndrome clínica complexa, com múltiplos fatores etiológicos, e está associada a um amplo espectro de condições clínicas correlacionadas à sobrevida e aos padrões de crescimento e desenvolvimento, definidos a partir do nascimento de crianças com idade gestacional menor do que 37 semanas. O presente estudo, de caráter epidemiológico, retrospectivo, transversal e de caráter analítico, objetivou identificar o perfil de mães e de prematuros nascidos vivos em uma maternidade no interior do estado de Sergipe. Os dados analisados foram obtidos por meio do sistema de informações sobre nascidos vivos (SINASC), com base nas declarações de nascidos vivos. Sua análise apontou que a maior parte das mães estava, respectivamente na faixa-etária de 20 a 24 anos (28,5%); na de 25 a 28 anos (27,3%); e na de 10 a 19 anos (20,2%). No momento do nascimento das crianças, essas mulheres estavam em união consensual (70,4%), ou eram casadas (14,9%). Um grupo menor de mães registradas no SINASC era comporto por mulheres solteiras (12,7%), separadas judicialmente, viúvas ou ignorado (1,1%) (p < 0,05). No que tange ao pré-natal, 68,5% das mulheres tiveram um acompanhamento considerado mais do que adequado, com 7 ou mais consultas médicas (p < 0,05). APGAR dos recém-nascidos (a maioria apresentou pontuação entre 8 a 10, no primeiro e no quinto minuto de vida (p < 0,05). Os resultados da análise executada neste estudo sinalizaram a importância da identificação dos principais fatores de risco para o parto prematuro, e apontaram que esse quadro é menos frequente entre gestantes que mantém relação consensual ou são casadas. Por isso, um pré-natal adequado, bem como o conhecimento do perfil dessas mulheres, é de suma importância, pois desse modo é possível detectar as principais causas de parto prematuro e evitar o seu acontecimento.