2012
DOI: 10.26512/museologia.v1i2.12654
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A exposição como dispositivo na Arte Contemporânea: conexões entre o técnico e o simbólico

Abstract: No contexto cultural contemporâneo, marcado tanto pela globalização, quanto pelos investimentos em ações de alcance micro-político, é necessário indagar sobre as conexões nem sempre visíveis que constituem a rede que forma o campo da arte contemporânea. Seguindo esta linha de pensamento, este artigo procura elaborar uma reflexão sobre o papel da exposição no campo artístico contemporâneo. Percebida como um fenômeno cultural que se manifesta como um instrumento de poder, a exposição é definida como “dispositivo… Show more

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“…Dessa maneira, a "moldura" ou o "enquadramento" privilegiado pelos curadores afeta de forma "significativa a maneira de visualizar e pensar a arte." (CARVALHO, 2012) Embora o esforço interpretativo dos curadores ao trazer para comunicação e para debate a obra de Magliani, na tentativa de "percorrer o longo fio de sua obra, como no recorte de 2022 realizado pela Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre" (CASTRO et al, 2023), é evidente a iniciativa de difundir o acervo preservado pelo Estúdio Dezenove, responsável pela salvaguarda de todas as obras em exposição. Tal afirmação não busca invalidar a proposta curatorial, mas sim demonstrar o agenciamento da exposição que se transforma em um evento "discursivo", capaz de criar relações entre as obras, além de instaurar e defender ideais: a exposição configura-se como uma ação propulsora das obras então expostas, da artista, do acervo mencionado, do museu que as acolhe e da relação estabelecida com o público.…”
Section: Magliani-gráfica (2023)unclassified
“…Dessa maneira, a "moldura" ou o "enquadramento" privilegiado pelos curadores afeta de forma "significativa a maneira de visualizar e pensar a arte." (CARVALHO, 2012) Embora o esforço interpretativo dos curadores ao trazer para comunicação e para debate a obra de Magliani, na tentativa de "percorrer o longo fio de sua obra, como no recorte de 2022 realizado pela Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre" (CASTRO et al, 2023), é evidente a iniciativa de difundir o acervo preservado pelo Estúdio Dezenove, responsável pela salvaguarda de todas as obras em exposição. Tal afirmação não busca invalidar a proposta curatorial, mas sim demonstrar o agenciamento da exposição que se transforma em um evento "discursivo", capaz de criar relações entre as obras, além de instaurar e defender ideais: a exposição configura-se como uma ação propulsora das obras então expostas, da artista, do acervo mencionado, do museu que as acolhe e da relação estabelecida com o público.…”
Section: Magliani-gráfica (2023)unclassified
“…Personalização e vinculação da obra à figura de um artista -tornando-os inseparáveis -são traços característicos do jornalismo cultural, que aposta em uma leitura de mundo a partir da aparição do sujeito e desloca para o âmbito de sua credibilidade individual a confiabilidade do conhecimento apresentado. Mas também são características do próprio campo da arte, que a entende como um movimento que vai do autor em direção aos públicos (BOURDIEU, 1989;BOURDIEU, 2014;GOMIS, 1991;HEINICH, 2008;ALFONSO, 2010;CARVALHO, 2012;CARDOSO, 2013 Não apenas o produtor aparente da arte é acionado para apresentar a exposição ao público. Permitindo-nos um pequeno salto nas abordagens que o jornalismo faz das megaexposições, passamos ao quarto item que mais aparece no corpus, a nomeação dos agentes da produção do evento, que ocorre em 105 textos (69,08%).…”
Section: Outros Elementos Presentes Na Construção Jornalística Da Coberturaunclassified
“…Destacamos as exposições que aconteceram na década de 2010 para dar corpo ao argumento de ampliação do uso do conceito de gênero a partir das relações com os movimentos políticos identitários nesse período, mas é fundamental citar outras exposições que ocorreram na primeira década do século XXI em São Paulo: em 2001, o Espaço Cultural Leonardo da Vinci e a Caixa Cultural realizaram a exposição itinerante Cotidiano & Imaginário. A arte da mulher brasileira no século XX, com curadoria de Eline Martiniano de Carvalho;em 2004, a SOCIARTE espaços ocupam no sistema artístico brasileiro contemporâneo. 15 Em 2015, a Pinacoteca de São Paulo realizou a exposição Mulheres artistas: as pioneiras (1880 -1930) 16 , colocando em questão discursos sobre o amadorismo das mulheres artistas no período anterior à "rotinização" do modernismo no Brasil; em 2018, a mesma instituição trouxe ao país a exposição Mulheres radicais: arte latino-americana 1960-1985 17 , com obras produzidas durante o período de repressão política e social em vários países da América Latina e de embates contra mulheres latinas no EUA.…”
Section: Introductionunclassified