A família na manutenção do ideal corporal hegemônico contemporâneo: da produção da vergonha à reabilitação social

Abstract

O artigo apresenta reflexões sobre as contribuições da família na manutenção de um ideal corporal privilegiado pela sociedade contemporânea que oferece uma diversidade de produtos e serviços que prometem uma “melhor aceitação” do indivíduo nos modelos corporais hegemônicos. Com isso, contribuímos para as discussões sobre a antropologia do corpo ao demonstrar que o corpo não é algo natural, mas socialmente construído no contexto da cultura e sofre a interferência de diversos agentes, inclusive da família, mediante discursos e práticas regulatórias que ditam maneiras de lidar com os corpos, habilitando-os ou desabilitando-os para as interações sociais. A pesquisa é de natureza qualitativa, descritiva e documental e foi realizada mediante a análise dos discursos divulgados no reality show de transformação corporal Arruma meu Marido, no qual verificou-se os múltiplos conflitos decorrentes da corporalidade “inadequada” dos sujeitos. Observou-se que a adequação, ou não, aos padrões de beleza contribui para estabelecer a aceitação, ou não, dos sujeitos na vida privada ou coletiva.

Preconceito contra nordestinos em seus processos migratórios na mídia brasileira

“…Para atingir seus intentos, articulam ações de marketing social (por meio de diversas parcerias) aliadas a uma dramatização com uso de imagens exacerbadas que conferem um caráter peculiar e incomum aos participantes. Tais estratégias visam gerar uma emoção e comoção na plateia e nos telespectadores, causando piedade, compaixão e servindo como um uma regra a ser seguida Farias, 2018).…”