Uma das grandes complicações encontradas na anestesia de répteis é a presença da apneia. Portanto, a presente revisão teve por objetivo avaliar e comparar os diferentes métodos, combinações e fármacos usados na anestesia de répteis e sua correlação com a presença da apneia. Realizou-se uma busca sistemática nas bases de dados PubMed, BVS-Vet, SciELO e LILACS por artigos publicados entre os anos de 1963 a 2021. As palavras-chave utilizadas na busca foram “reptiles apnea”, “reptiles anesthesia”, “répteis apneia” e “répteis anestesia”. Para serem incluídos na presente revisão sistemática, os artigos deveriam consistir em trabalhos que comparassem diferentes métodos e fármacos anestésicos nas espécies de répteis, com o intuito de verificar a presença ou não de apneia nas diversas metodologias aplicadas. De 390 artigos identificados, 38 foram selecionados inicialmente e, destes, 12 ainda foram excluídos posteriormente, por não preencherem os critérios de inclusão. Os estudos investigaram 375 répteis de 15 espécies distintas, sendo que 153 apresentaram apneia durante os procedimentos. Dos 26 artigos incluídos nessa revisão, três fizeram uso exclusivo da anestesia inalatória como método de avaliação, e somente dois estudos utilizaram a anestesia inalatória posteriormente a aplicação de fármacos injetáveis. O restante dos trabalhos usou a anestesia total intravenosa ou somente a sedação por meio das vias intramuscular, subcutânea e intracelomática para a obtenção dos resultados. Em nove estudos, a avaliação foi feita por comparação entre a administração de diferentes fármacos anestésicos, para dois ou mais grupos de animais. No restante dos trabalhos, foram utilizados somente um fármaco ou uma única combinação de fármacos para todos os animais do experimento. Após avaliação de todos os resultados, a presente revisão sistemática concluiu que a espécie em questão, a escolha do fármaco, as combinações entre fármacos, a dose, a frequência e a via de administração influenciaram diretamente na presença e duração da apneia.