O diabetes mellitus gestacional (DMG) é um distúrbio caracterizado por um estado de intolerância à glicose, detectada pela primeira vez na gestação, resultando em hiperglicemia de níveis variáveis, podendo ou não persistir após o parto. Para a maioria das mulheres com DMG, o monitoramento, orientação nutricional e mudança no estilo de vida são suficientes para o tratamento. Entretanto, algumas mulheres podem necessitar de tratamento medicamentoso. Os antidiabéticos orais (ADO), como a metformina, não são drogas de primeira escolha para o tratamento de DMG, mas podem ser considerados em algumas situações. Este trabalho tem como objetivo obter a taxa de sucesso terapêutico da monoterapia com metformina em gestantes com DMG, além de analisar a presença de obesidade e idade materna avançada como possíveis fatores associados à doença e ao tratamento. Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, mediante análise de prontuários de gestantes com DMG. Os resultados deste estudo demonstraram que a monoterapia com metformina não foi eficaz em mais da metade dos casos, e destacaram a importância do seguimento das recomendações mais atuais para o tratamento do DMG. A grande maioria das gestantes (91,8%) apresentou IMC gestacional que configura sobrepeso ou obesidade, ressaltando a presença do excesso de peso como um fator determinante para o desenvolvimento da doença, e a necessidade de um acompanhamento pré-natal adequado.