Trabalho realizado no Departamento de Cirurgia e Ortopedia -Grupo de Coloproctologia da Faculdade de Medicina de Botucatu -UNESP.
Recebido em 15/01/2008 Aceito para publicação em 14/02/2008
INTRODUÇÃOA infecção pelo Papilomavírus Humano é uma das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) de maior incidência e prevalência no mundo, sendo atualmente considerada como uma lesão pré-neoplásica [1][2][3][4][5] . Pode afetar principalmente a cavidade oral, órgãos genitais e região anal, sendo este um dos principais locais acometidos. Muitos pacientes são assintomáticos; dentre os principais sintomas destacam-se o prurido anal e a presença de lesões vegetantes 1 . A infecção anal tem nítida predileção por alguns grupos de pacientes: com antecedentes de tratamento de HPV genital, antecedentes de outra DST, HIV positivos e pessoas com comportamento de risco para DST [3][4] . Nos pacientes assintomáticos e que apresentam a forma subclínica, o diagnóstico passa a ser mais difícil; muitas vezes este diagnóstico não é feito por desconhecimento médico ou por necessitar de exames caros e não acessíveis a todos os médicos. Neste sentido, Nadal e Manzione (2004) 6 demonstraram a viabilidade da incorporação do exame de anuscopia com exacerbação para diagnóstico de HPV ano-retal na forma subclínica, tendo em vista sua fácil execução e baixo custo. Este exame passa a ter uma grande importância nos pacientes sem lesões visíveis à anuscopia