Nas últimas décadas, o ensino de Biologia e Ciências Naturais vem sendo voltado, basicamente à preparação dos alunos para os exames vestibulares (Silva, 2019), o que reduziu o ensino à memorização de conceitos, regras e processos, limitando a natureza a eventos repetitivos (Costa; Mota; Brito, 2021). Para que o saber científico seja compreendido em sua amplitude é necessário que se considere, de maneira geral, tudo que se apresenta ao redor dos organismos abordados durante as disciplinas (Monerat & Rocha, 2018). O ensino de botânica foi, durante um longo período, separado do ambiente natural (Pereira-Ribeiro et al., 2018). Publicações na área priorizavam a flora e paisagens estrangeiras em detrimento às nacionais, o que levou a uma redução no interesse pela botânica (Mello, 1996) e, consequentemente, a uma desconsideração da paisagem nativa como integrante da vida cotidiana dos alunos. Ferramentas alternativas de ensino são fundamentais tanto na compreensão dos assuntos ministrados em sala de aula, como na fixação da terminologia e dos conceitos exibidos em aulas teóricas das mais diversas disciplinas (Perini & Rossini, 2018). A participação dos alunos em jogos em grupo, busca estimular crianças e adolescentes, a desenvolverem o raciocínio lógico além de promover uma maior integração social entre os alunos (Paiva; Fonseca; Colares, 2022). Nesse sentido, essa ação de extensão tem como objetivo primordial elaborar e testar estratégias metodológicas como ferramentas alternativas para o ensino de Ciências Naturais, Botânica e Educação Ambiental, usando como base jogos didáticos botânicos, fundamentados na flora regional, que foram testados em salas de aula do 6º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Maria Almeida do Nascimento, Coari/AM. A metodologia constitui-se de reuniões realizadas com os alunos extensionistas traçando medidas de avaliação, bem como da aplicação dos jogos e os resultados obtidos, que foram divulgados e disponibilizados como ferramenta metodológica alternativa aos professores da escola participante. Como resultado, verificou-se que o jogo auxiliou a introduzir e fixar conteúdos de botânica, principalmente de morfofisiologia vegetal e conservação do meio ambiente nos discentes comunitários, que são os alunos do 6º ano do ensino fundamental, em quem o jogo será aplicado.