Sabemos que ainda para muitos profissionais é um desafio trabalhar com crianças/ pessoas com autismo, porém também é sabido que muito já se tem se construído acerca dos processos de diagnóstico e intervenções no que tange o espectro. Cada pessoa é única, e no caso da pessoa com autismo, esta premissa é sempre muito bem-vinda, pois revela que não existe um método ou uma receita de bola para intervir nestes casos.
A escola e os profissionais de saúde a cada dia recebem mais crianças diagnosticados com autismo, e cabe a nós ofertar um tratamento e intervenções pedagógicas adequadas para cada criança/ aluno. Infelizmente percebe-se ainda nas instituições de ensino equipe pedagógica e corpo docente despreparado para a realidade de inclusão, que vai além de ofertar a vaga, mas sim a construção de um plano pedagógico que atenda verdadeiramente a criança/pessoa com autismo em suas necessitadas e potencialidades.
Vivemos em um mundo excludente e preconceituoso, e para além disso, temos uma escola que ainda é arcaica e pouco dá espaço para novos fazeres e didáticas. A ausência de projetos de intervenções nas escolas para este público ainda alimenta a discriminação, o preconceito e a negação de uma escola para todos. Infelizmente muitos gestores confundem encaminhamentos para demais serviços com intervenção pedagógica, ou afirmam que a mesma deve ser de exclusividade apenas do professor.
Uma escola inclusiva é aquela em que todos estão envolvidos no processo e que com compromisso e responsabilidade social, buscam constantemente novas formas e pedagogias para melhor atender o educando. Ainda sonhamos com um mundo inclusivo e com oportunidades para todos. Agradecemos aos pesquisadores que fizeram com que esta obra fosse finalizada, na tentativa de apontar caminhos para a inclusão.
Flávio Aparecido de Almeida