Introdução: A vacinação é uma intervenção na saúde pública com alto potencial para atuar na diminuição da morbimortalidade infantil. Desde o século XIX, ações de conscientização são realizadas por órgãos nacionais e internacionais que tentam assegurar a vacinação, alcançando resultados positivos em muitas situações, como no combate para a erradicação do sarampo. O Programa Nacional de Imunizações foi criado pelo Ministério da Saúde com o propósito de incentivar e garantir a imunização no Brasil e, atualmente, abrange 45 imunológicos diferentes. Objetivo: Observar a distribuição dos óbitos por causas evitáveis pelas ações de imunização nas regiões brasileiras, de maneira a demonstrar os reflexos do incentivo à vacinação no Brasil. Metodologia: Este estudo trata-se de uma pesquisa conduzida em bases de dados secundária. Para coleta de dados, foi utilizado o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações, disponibilizado pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS), a população de análise incluiu crianças de até 5 anos e o período analisado foi de 2012 a 2021. Resultados e discussão: Com a implantação do PNI, observou-se uma redução na frequência de doenças evitáveis pelas ações de imunização, com alteração expressiva da situação epidemiológica brasileira. Entretanto, apesar dos avanços alcançados, a diminuição nos índices de cobertura vacinal, em 2016, alertou para o risco de reintrodução ou recrudescimento de doenças anteriormente controladas ou erradicadas. Por outro lado, ainda que a cobertura dos imunobiológicos BCG, da poliomielite e tríplice viral, em 2017, tenha decaído, as campanhas de vacinação e os incentivos destinados ao aumento da cobertura vacinal corroboram o sucesso na redução do número de óbitos em crianças menores de 5 anos por doenças imunopreveníveis, nas regiões brasileiras. Considerações finais: Observou-se uma tendência decrescente da taxa de mortalidade em todas as regiões brasileiras, com posterior estabilização desses índices. Além disso, demonstrou-se a importância da atuação regular de órgãos nacionais e internacionais na garantia de acesso equitativo aos programas de vacinação. Nesse sentido, o planejamento estratégico de ações de imunização é imprescindível no aumento da cobertura vacinal e na redução dos óbitos por causas evitáveis.