A incidência de tuberculose nos presídios brasileiros: revisão sistemática

Abstract

Introdução: A presença da tuberculose no sistema prisional tem sido descrita como uma ameaça, já que tem maior incidência na população carcerária do que na população em geral. Objetivo: Verificar, através de uma revisão de literatura, as principais razões dos casos de tuberculose nos presídios brasileiros. Materiais e métodos: Foi realizada uma busca na base de dados dos Periódicos da Capes e Bielefeld Academic Search Engine (BASE) com os termos "tuberculose", "presídio" e "brasileiros". A busca totalizou 34 documentos, dos quais somente 8 foram utilizados para a referida pesquisa. Resultados e conclusão: A partir dos dados obtidos foi possível observar altas taxas de infecção por tuberculose nos presídios brasileiros, baixa informação sobre a doença e precariedade no atendimento dos infectados, além dessa enfermidade apresentar associação com o tempo de permanência na prisão. Palavras-chave: Tuberculose; presídios; brasileiros. Introduction: The presence of tuberculosis in the prison system has been described as a threat, once its incidence is higher in the prison population than in the general one. Objective: To verify through a literature review the main reasons for cases of tuberculosis (TB) in Brazilian prisons. Materials and Methods: A search in the Journals database of Capes and Bielefeld Academic Search Engine (BASE) was performed with the words "tuberculosis", "prison" and "Brazilian". The search totaled 34 documents, of which only eight were used for this search. Results and conclusion: From the data obtained we observed high TB infection rates in Brazilian prisons, poor information about the disease and insecurity in the care of those infected, along with an association of this disease with the duration of the stay in prison.

Fatores predisponentes de tuberculose em indivíduos privados de liberdade: revisão integrativa

“…Outros autores, entretanto, relacionaram que a predisposição à doença aumenta quando há um encarceramento superior a 3 anos, ainda que não haja uma associação estatística significativa 23 . O tempo de encarceramento se encontra associado, desta forma, a um incremento considerável do risco de infeção por TB ativa e ILTB 24 .…”

“…A ausência de janelas nas celas e a má-ventilação destas também estão relacionados à causalidade da TB em alguns dos estudos analisados [26][27] . Isso se dá devido ao fato de a TB ser uma doença de transmissão aérea, facilitada em ambientes nos quais há pouca ventilação e iluminação, encontrando nos ambientes superlotados como as prisões, condições muito favoráveis para infecção dos detentos 24 .…”

Tuberculose e infecção latente em funcionários de diferentes tipos de unidades prisionais

“…Studies conducted since the late 1990s have confirmed the high rate of TB transmission in prisons in both developed and developing countries and observed a much higher prevalence and incidence of TB in the prison population than in the general population 2 , 4 , 5 , 10 , 15 , 25 , 26 , h . As a result the WHO proposed that measures to control TB transmission be adopted in so-called risk environments, that is, places that offer a high chance of infection by tuberculosis bacilli 7 , 8 , 24 .…”

“…Work health considers tuberculosis (TB) a difficult problem to be controlled in closed places such as prison environments because it is a disease of respiratory transmission. Agglomeration, lack of ventilation and natural light are common in most of the country's criminal units 9 , 10 , 15 , 24 , 29 , a , b , c . According to the Ministry of Health the main diseases identified in Brazil's prisons are: TB, sexually transmitted diseases (STD), hepatitis and dermatoses d .…”

Dinâmica participativa com cipeiros prisionais: prática de saúde no combate à desinformação e estigmatização da tuberculose

“…A prevalência da tuberculose, ativa ou latente, é maior na população privada de liberdade do que na população geral, devido à característica de transmissão aérea do bacilo em associação com as condições de pouca ventilação e iluminação, associadas ao elevado índice populacional, geralmente presentes no sistema penitenciário (Nogueira et al, 2017;Machado et al, 2016). Atualmente, o sistema prisional paulista possui cerca de 170 unidades prisionais que abrigam mais de 240 mil internos, com uma média de 14.400 novos privados de liberdade por mês (SAP, 2019).…”