“…A noção da infância como fase de preparo para a vida adulta, conforme resultados apresentados, orienta-se pela aprendizagem e valorização de aspectos culturais relacionados ao matrimônio, à constituição familiar e aos papéis e responsabilidades da vida adulta no grupo cigano, sendo geralmente diferenciados em relação ao gênero (por exemplo: Bonomo et al, 2018;Monteiro, & Goldfarb, 2017;Montini, 2017;Pizzinato, 2009). A identidade cigana, portanto, pode ser entendida como processo, construído nesse contexto de socialização étnica (Dimitrova et al, 2018;Elkin, 1968;França, 2013;Pnevmatikos et al, 2010), que possibilita a aprendizagem, a valorização e a apreensão de valores, normas e crenças, entre outras características que são mantidas pelo grupo, por serem recursos identitários considerados essenciais à sua sociabilidade (Bigazzi, & Csertő, 2016;Bonomo et al, 2018;Čvorović, 2005;Hogg et al, 2017).…”