nossa sociedade O Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo e o quinto em casos de depressão. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde em 2020, divulgou que 9,3% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade e a depressão afeta 5,8% da população (MUNHOZ et al., 2021).A literatura mostra que sentimentos negativos como tristeza, solidão, vazio, influenciam no consumo de determinados alimentos e na tentativa de auto regulação do humor (FRANÇA et al., 2012) Em adolescentes com idades entre 15 e 19 anos, o transtorno de pânico é o mais prevalente e acomete aproximadamente 1% dessa população em todo o mundo (MUNHOZ et al., 2021).A adolescência é compreendida como um período de transição entre a infância e a idade adulta e nesta etapa da vida os adolescentes se deparam com mudanças biológicas, psicológicas sociais e familiares, vivenciando a conclusão do ensino médio e a incerteza da vida profissional e, consequentemente, uma pressão para o início no mundo adulto. Frequentemente associada a um período do desenvolvimento humano marcado por transformações biológicas e psíquicas geradoras de inquietudes e sofrimento, sendo a emergência da sexualidade e a dificuldade em estabelecer a própria identidade alguns dos elementos associados a essa fase (GROLLI; WAGNER; DALBOSCO, 2017).A alimentação é uma necessidade biológica para a sobrevivência do indivíduo, portanto, valores corporais e simbólicos são adicionados à alimentação dos humanos determinando seu comportamento alimentar, o qual é originado por aspectos demográficos, econômicos, sociais, culturais, ambientais, psicológicos e nutricionais de um indivíduo ou sociedade, podendo ser afetado pelos mesmos. Especificamente, a alimentação de um adolescente pode ser influenciada afetada por suas emoções, visto que as escolhas alimentares, as quantidades de alimentos ingeridas e a frequência das refeições dependem de vários fatores, sendo um deles as emoções e não apenas as necessidades fisiológicas (SOUSA et al., 2020).Portanto, sabe-se que a nutrição, por meio dos alimentos, desempenha um papel no controle da ansiedade, mas quando ansioso o indivíduo pode descompensar sua alimentação e consumir mais refeições ao longo do dia, comer de madrugada, se alimentar compulsivamente, bem como ingerir alimentos mais palatáveis, ricos em açúcares, gorduras e sódio, o que pode interferir na sua saúde física e mental. Sendo assim, o objetivo foi avaliar a interferência da ansiedade no comportamento alimentar de adolescentes matriculados em escola pública e privada em um município do Sul Catarinense.