O uso irrestrito das pílulas orais para contracepção de emergência pode trazer consequências deletérias para mulheres. E, no contexto de jovens universitárias, o reconhecimento do contexto que esse tipo de contracepção ocorre poderá servir para alertar essa população quanto aos riscos e o uso racional a fim de diminuir os possíveis efeitos adversos. Neste contexto, o objetivo dessa pesquisa analisar a frequência do uso de contraceptivos orais por estudantes universitárias e o motivo que as levou a utilizar esse método. Tratou-se de um estudo transversal, descritivo de abordagem quantitativa. Quanto a periodicidade, 27% das entrevistadas utilizaram a pílula do dia seguinte uma ou duas vezes no período de 12 meses, sendo que, 84% fizeram o uso nas primeiras 24 horas após a relação sexual, 65% delas sofreram alteração no ciclo menstrual. A principal causa do uso foi em virtude de relações sexuais desprotegidas (66,5%). Concluiu-se que, apesar de estarem no ambiente universitário, o número de estudantes que fazem o uso da contracepção de emergência ainda é elevado. As estudantes fazem o uso sem prescrição ou mesmo orientação de profissionais da saúde, a fim de reduzir a chance de uma gravidez indesejável ou até mesmo aumento o risco de doenças tromboembólicas. Cabe salientar que, a utilização da contracepção de emergência dever ser feita apenas em situação de necessidade extrema e não como um método contraceptivo regular e, deve-se implementar de estratégias de educação em saúde a fim de reduzir o número de gestações não planejadas e os riscos decorrentes do uso corriqueiro da contracepção de emergência, direcionando essas jovens ao planejamento familiar, possibilitando uma aproximação reflexiva sobre os direitos sexuais e reprodutivos de universitárias.