“…McNamara foi responsável por colocar a política de combate à pobreza absoluta no primeiro plano das atividades do banco, partindo da premissa de que o atraso econômico favorecia insurgências sociais e, consequentemente, o florescimento do comunismo, porém ao mesmo tempo compreendendo que o crescimento puro e simples da economia era incapaz de garantir a diminuição da pobreza e os levantes que ela provoca. A partir desta análise, manteve a ênfase no "diálogo político", voltado às magistério do 1º e do 2º grau, que se tornou obrigatório, e descentralizou para estados e municípios o mecanismo de acesso aos repasses para a educação(Bombarda, 2019).55 Em inglês, United States Agency for International Development. 56 Robert McNamara ocupou a presidência do Banco entre 1968 e 1981, e antes disso presidiu a Ford Motor Company, foi membro do Conselho da Fundação Ford e foi Secretário de Defesa dos EUA nos governos de John M. Kennedy e Lyndon B. Johnson.questões macroeconômicas dos países tomadores de empréstimo, e a "assistência técnica", promovendo a "formação e treinamento de quadros, aconselhamento e provisão de expertise" buscando de um dos divulgadores mais importantes de ideias e valores ligados à gestão, avaliação, eficiência ao longo dos anos" (MELLO, 2012, p. 249, grifos nossos), possível graças à "intensificação da circulação de pessoas e ideias entre as instituições e países, mais pontualmente no caso brasileiro, entre algumas instituições de ensino e/ou pesquisa, esferas do governo e organismos internacionais por parte de uma intelligentsia" (2012, p.249), a exemplo do IPEA e de intelectuais como Cláudio de Moura Castro, Paulo Renato Souza e Simon Schwartzman, "que assume o papel de policy-makers, possibilita identificar uma série de convergências entre as ideias defendidas por esses grupos e as do Banco Mundial (p. 249, grifos nossos).…”