Introdução: Os pais exercem um importante papel no estabelecimento dos hábitos saudáveis durante a infância. Ao prestarem cuidados bucais necessários às suas crianças, observa-se um significativo resultado na prevenção dos agravos. Objetivo: Identificar o conhecimento materno sobre os cuidados bucais das crianças na primeira infância. Metodologia: Trata-se de um estudo de natureza quantitativa do tipo exploratório e observacional. A coleta ocorreu através da aplicação de um questionário semiestruturado, com questões sobre o conhecimento materno em relação à higiene bucal, hábitos alimentares, acometimento de cárie e perfil socioeconômico. Realizou-se uma análise descritiva dos dados, seguida de análise bivariada pelo teste do Qui-quadrado de Pearson, considerando-se um nível de significância de 5%. Resultados: Sobre o conhecimento dos cuidados bucais dos filhos, o mesmo encontrou-se insatisfatório em relação à idade em que as crianças devem começar a escovar seus dentes sozinhas, quanto ao uso de escova e do creme dental fluoretado como método de higiene após a erupção do primeiro dente e quanto à inexistência do dente decíduo antes do nascimento dos molares permanentes. Observou-se conhecimento satisfatório em relação à importância de se realizar restauração em dente decíduo acometido por cárie, à idade em que a criança troca os dentes decíduos pelos permanentes e, à realização de algum cuidado bucal (fralda e gaze) antes do nascimento do primeiro dente. Conclusões: Há uma lacuna quanto às orientações de saúde bucal providas pelos dentistas direcionadas às mães. As mães/gestantes têm o conhecimento adequado sobre os cuidados bucais do bebê, porém, quanto aos cuidados após o nascimento do primeiro dente, os resultados foram desfavoráveis. Faz-se necessário a maior participação do cirurgião-dentista nas consultas de pré-natal e de crescimento e desenvolvimento praticando educação em saúde.
Palavras-Chave: Saúde bucal; Cuidado infantil; Percepção; Higiene Bucal; Padrões de Cuidado Materno.