O trabalho teve como objetivo verificar as teorias da atribuição e do nível de interpretação em relação à problemática ambiental, aqui especificamente concernente aos resíduos (lixo). Sendo assim, elaborou-se um referencial teórico acerca da evolução da discussão ambiental e da emergência dos conceitos de desenvolvimento sustentável e sustentabilidade, bem como sobre as teorias da atribuição e do nível de interpretação. O método se caracterizou por uma abordagem quantitativa, realizada por meio de uma série de nove levantamentos (surveys) junto a 259 participantes, investigando a qual agente os participantes atribuíam a culpa pela geração de lixo, de acordo com diversas manipulações no texto informativo. Com isso, sobressaiu a clara dificuldade e resistência dos participantes em assumir sua parcela de culpa pelo lixo e/ou se aproximar dessa, sendo repetidamente atribuída culpa para os demais agentes. Isso aconteceu apesar do informe gradualmente mais incisivo no decorrer dos tratamentos empregados. Como consequência, reflete-se uma tendência de distanciamento e abstração quanto às questões ambientais, o que pode contribuir para um baixo engajamento em atitudes posteriores relacionadas a isso.