A implementação da Base Nacional Comum Curricular, em 2017, e a necessidade de refletir e desmistificar o modelo e as finalidades da educação nacional para o ensino da Arte na perspectiva da educação estética motivaram a realização desta pesquisa. O estudo teve como objetivo analisar os conteúdos do ensino da Arte propostos pela Base Nacional Comum Curricular, por intermédio dos procedimentos de leitura, síntese das fontes de informação bibliográfica e documental referenciadas pela Teoria Crítica na abordagem de Adorno e Horkheimer (1985). As discussões se pautam na análise dos campos de experiência, dos objetivos e dos direitos de aprendizagem na Educação Infantil, sob a ótica da Teoria Crítica da Sociedade e da Teoria Histórico-Cultural. Há indícios de que o conteúdo de Arte vem organizado em princípios da Indústria Cultural e se manifesta nesse documento. O papel do professor como agente do ensino é determinante na mediação da criança com o objeto estético, o que indica que o conhecimento artístico é possibilitado pela experiência estética. Conclui-se que a escola necessita encontrar possibilidades de mediação que assegurem às crianças a formação em Arte como educação estética emancipadora, com vistas à superação da indústria cultural com o intuito de uma formação cultural que promova a humanização.
Palavras-chave: Educação. Indústria Cultural. Emancipação.
AbstractThe implementation of the National Common Curricular Base in 2017, and the need to reflect and demystify the model and purposes of national education for the teaching of Art from the perspective of aesthetic education motivated this research. The study aimed to analyze the contents of Art teaching proposed by the National Common Curricular Base through reading procedures, synthesis of the sources of bibliographic and documentary information referenced by Critical Theory, in the approach of Adorno and Horkheimer (1985). The discussions are based on the analysis of fields of experience, objectives and learning rights in Early Childhood Education, from the perspective of Critical Theory of Society and Historical-Cultural Theory. There is evidence that the content of Art is organized in principles of the Cultural Industry and are manifested in this document. The role of the teacher as a teaching agent is determinant in mediating the child with the aesthetic object, which indicates that artistic knowledge is made possible by aesthetic experience. It is possible to conclude that the school needs to find possibilities of mediation which ensure children training in Art as an emancipatory aesthetic education, with a view to overcoming the cultural industry with the aim of a cultural formation that promotes humanization.
Keywords: Education. Cultural Industry. Emancipation.