A língua brasileira de sinais na grade curricular dos cursos de odontologia no Brasil: revisão narrativa da literatura

Abstract

Este artigo objetivou investigar a presença da disciplina de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) na grade curricular de cursos de Odontologia no Brasil. Artigos foram procurados nas bases de dados SciELO, LILACS, PubMed, BVS, e Google Acadêmico considerando os descritores DeCS/MeSH. A maior quantidade de artigos publicados é oriunda das regiões Nordeste e Sudeste. Embora a legislação vigente declare a libras como língua oficial da comunidade surda e demanda sua utilização em serviços públicos de saúde, a falta de conhecimento desta língua pelos profissionais de saúde ainda é um problema. Observou-se que um maior número de instituições de ensino superior privadas disponibiliza a libras como disciplina curricular em comparação àquelas públicas. A disciplina de libras nos cursos de Odontologia é majoritariamente optativa e com carga horária entre 20 à 80 horas. Apesar de compreenderem a importância da LIBRAS, a maioria dos dentistas ainda não a dominam.

Educação em saúde bucal para crianças e adolescentes com deficiência auditiva

“…Os estudantes de Odontologia também perceberam que se possuíssem essa habilidade poderiam desenvolver a ação de forma ainda mais produtiva. Tais reflexões incitam a necessidade de uma abordagem mais ampla da Libras nos Projetos Pedagógicos dos Cursos de Odontologia, algo que ainda é negligenciado, pois em muitos cursos se caracteriza como componente curricular optativo 13 .…”

“…Ademais, a presença da Libras como componente curricular dos Projetos Pedagógicos dos Cursos de Odontologia brasileiros ainda parece não ser efetiva, resultando em formação insatisfatória de cirurgiões-dentistas na perspectiva de atender às necessidades dos pacientes com deficiência auditiva [13][14][15] .…”