Os cemitérios ocidentais, sobretudo do final do século XIX aos dias atuais, são entendidos por uma infinidade de imagens que fazem deles espaços de constantes discussões, medos, misticismos e narrativas. Personagens diversos fazem do espaço cemiterial um lugar dinâmico, muito diferente da propagada paz que deveria emanar de seus habitantes. Cemitérios que surgem de amores não aceitos, de obras de solitários religiosos, que guardam túmulos de milagreiros, que pulsam assombrações, que serve de morada para diabos, um universo infindável de criaturas e histórias que fazem dele um lugar privilegiado de análise. No cordel brasileiro, os cemitérios são constantemente narrados, demonstrando sua diversidade em múltiplas descrições. O cordel deu vida aos cemitérios rurais e urbanos e, por meio da hipérbole poética, imortalizou seus movimentos e sua presença marcante na vida e no imaginário de sertanejos e citadinos.