O artigo discute sobre imagens de mulher ribeirinha amazônica formadas em textos acadêmicos e como estas podem ser pensadas enquanto virtualização de tempo e espaço. A hipótese é, ao apresentarem a imagem de mulher ribeirinha como objeto de investigação, os sujeitos acadêmicos constroem formações imaginárias sobre ribeirinhas e estas imagens formam-se a partir de outras imagens, virtualizando-se em dimensões temporais e espaciais. O texto é estruturado em: introdução, que apresenta objetivos, hipótese e referencial teórico; metodologia, descreve o desenvolvimento do estudo; resultados e discussão, analisa as imagens da mulher ribeirinha problematizadas com base no corpus da pesquisa; e considerações finais, que destacam reflexões sobre o papel social historicamente atribuído às mulheres ribeirinhas, enfatizando termos como cuidadora, quintal, família e memória. Essas considerações apontam para uma compreensão mais ampla das complexidades da identidade e papel social das mulheres ribeirinhas na região amazônica.