Nos últimos anos, houve um crescimento expressivo no número de academias de ginástica e musculação, bem como de pessoas matriculadas nas mesmas e, considerando o cenário mundial, o Brasil é um dos líderes nessa questão. O objetivo deste estudo foi analisar a motivação para o aumento da massa muscular em praticantes de exercício resistido e compará-la entre os sexos, as faixas etárias, o tempo de prática e a frequência semanal de prática dos participantes, bem como entre os objetivos que possuem com a mesma, e entre aqueles que utilizam ou não suplementos alimentares. Participaram do estudo 103 praticantes de exercício resistido (54 homens e 49 mulheres), com média de idade de 28,2 (±5,6) anos. Foram coletadas informações sobre o sexo e a idade dos participantes, sobre a prática de exercício resistido (frequência semanal, tempo de prática e objetivo da prática) e uso de suplementos alimentares. A motivação para o aumento da massa muscular foi avaliada pela Drive for Muscularity Scale (Escala de Busca pela Muscularidade). A pontuação média dos praticantes na Escala de Busca pela Muscularidade foi de 41,0 (±14,8) pontos (em uma escala com variação de 15 a 90 pontos). Os homens apresentaram maior motivação para o aumento da massa muscular comparados às mulheres (p< 0,001). Os praticantes que apresentaram maior motivação para o aumento da massa muscular, de modo geral, foram os homens mais jovens (p= 0,016) e que praticavam exercício resistido mais vezes na semana (p= 0,002), e homens (p< 0,001) e mulheres (p< 0,001) que faziam uso de suplementos alimentares. Homens (p= 0,010) e mulheres (p= 0,033) que tinham como objetivo a hipertrofia muscular apresentaram maior atitude para o aumento da massa muscular. Conclui-se que os praticantes de exercício resistido apresentaram baixa à média motivação para o aumento da massa muscular. Apesar disso, atenta-se para a necessidade de orientar os indivíduos mais motivados sobre a maneira saudável e adequada de obterem o corpo desejado.