Objetiva-se identificar as práticas e suportes de cuidados realizadas às condições crônicas em crianças e adolescentes na Rede de Atenção à Saúde (RAS). Trata-se de um estudo de natureza descritiva, de abordagem mista, realizado no período de abril a agosto de 2021, na recepção dos ambulatórios de um Hospital pediátrico, de nível terciário, em Fortaleza, Ceará, Brasil. Participaram 50 crianças e adolescentes, além dos seus responsáveis, escolhidos de maneira aleatória, não probabilística e presencial. Foram eleitos como critérios de inclusão: crianças e adolescentes, ambos os sexos, de 5 a 18 anos incompleto, com diagnóstico de doença crônica; em acompanhamento ou tratamento no referido hospital onde a pesquisa estava sendo realizada. Utilizou-se um formulário de entrevista como instrumento. Para análise, os dados foram tratados pela análise temática de Braun e Clarke. A maioria era do sexo feminino, estudante do Ensino Fundamental II, procedentes do interior do Ceará e tinham uma média de idade de 11,8 anos. Das doenças crônicas, a prevalente foi o câncer e todos acompanhados no hospital de referência, acompanhados pela mãe. Na pandemia, evidenciou-se a presença de manifestações clínicas entre os participantes, algumas vezes com necessidade de buscar serviços na RAS, como consulta médica na atenção terciária. As representações de desenhos e expressões verbais de vivências particulares, são aspectos do momento atual sobre a crise da pandemia pela COVID-19. Conclui-se que na busca por suportes de cuidados realizadas na RAS, existiram dificuldades de acesso, prejuízo na continuidade do cuidado das crianças e adolescentes com doenças crônicas.