Introdução: A doença de Alzheimer (DA) é uma desordem neurológica progressiva e crônica, cujo tratamento atual age apenas no alívio sintomático. Essa situação desperta o interesse pela prática de “drug repurposing”, sobretudo no uso da metformina. Este anti-hiperglicemiante, popularmente utilizado na terapia da Diabetes Mellitus II, apresentou indícios de melhorias clínicas associadas à redução cognitiva. Objetivo: Analisar a eficácia da metformina quanto à prevenção e ao tratamento do Alzheimer e o seu impacto cognitivo. Método: Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura, utilizando os descritores em ciências da saúde “Alzheimer Disease” AND Metformin em seis bases de dados, abrangendo publicações de 2004 a 2024 e com acesso aberto. Dos 575 artigos analisados, a amostra final constituiu-se por 16 publicações. Resultados: Os achados demonstraram que 53,0% dos estudos indicaram a eficácia da metformina na prevenção e no tratamento da DA. Além disso, observou-se uma melhora em, pelo menos, um aspecto do domínio cognitivo em 80,0% dos artigos analisados. Apesar disso, dentre os 23,5% dos trabalhos que evidenciaram ineficácia no uso do antidiabético, 10,5% analisaram uma piora nas funções cognitivas. Conclusão: Destaca-se as particularidades da aplicação da metformina na DA, com benefícios cognitivos, como melhoria da memória e preservação de volumes cerebrais, mas também riscos associados, como maior probabilidade de desenvolvimento da doença. Assim, é crucial que futuras pesquisas analisem rigorosamente o potencial da metformina, contribuindo para o direcionamento de estratégias mais eficazes para o Alzheimer.
Palavras-chave: Demência de Alzheimer; Dimetil Guanil Guanidina; Uso Off-Label.