Introdução: A escova dental constitui o meio mais eficaz e popularizado de controle da placa bacteriana, porém pode se tornar um veículo de disseminação de microrganismos, especialmente em pacientes imunocomprometidos. Objetivo: Avaliar o desgaste e a forma de armazenamento das escovas dentais de pacientes internados no setor de oncologia de um hospital infantil do norte catarinense. Material e métodos: A pesquisa foi realizada com 30 pacientes entre 0 e 17 anos. Aplicou-se um questionário para os pais ou responsáveis legais a fim de identificar a situação socioeconômica, limpeza da escova e forma de armazenamento. As escovas foram analisadas e classificadas de acordo com o grau de desgaste das cerdas, grau de limpeza e umidade. Resultados: Grande parte dos pacientes também relatou ter complicações bucais durante a internação e tratamento oncológico (63%). Dos pacientes visitados, 27% não possuíam escova dental no momento da entrevista. Quanto às escovas analisadas, 73% estavam com grau de desgaste das cerdas em condições adequadas para uso, enquanto 27% estavam em condições inadequadas. De acordo com o grau de limpeza das escovas, 36% apresentavam restos de alimento, dentifrício ou fungo. As escovas eram armazenadas de diversas formas dentro do hospital, e a maioria foi encontrada na gaveta sem nenhuma proteção (27%). Conclusão: Há necessidade de promover maior orientação aos pacientes oncológicos quanto à troca, higienização e ao armazenamento das escovas dentais.