Esta pesquisa propõe-se a verificar em quais aspectos a experiência da Força Nacional de Defesa da África do Sul (SANDF) na Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO) contribui para a concretização dos anseios civis sobre os militares na África do Sul pós-apartheid. Para este empreendimento, o estudo de caso apoia-se sobre os pressupostos teóricos de Bruneau e Matei (2008) e guia-se por meio de metodologia qualitativa pautada em análise documental reunida em procedimento de revisão narrativa. O artigo está dividido em duas partes principais, além de introdução e conclusão. Na introdução, contextualizam-se as inflexões políticas que ocorreram na África do Sul pós-apartheid e questões metodológicas que guiarão este trabalho. Após realizada essa etapa, aspectos teóricos das relações civis-militares são apresentados na primeira parte. Na segunda parte, os impactos da missão da SANDF na MONUSCO para efetividade militar, eficiência, mecanismos de monitoramento e controle civil na África do Sul são analisados. Por último, as considerações finais desta pesquisa são realizadas, as quais estabelecem que, apesar de ter parcialmente contribuído para a consolidação dos anseios civis em relação à efetividade e ao controle dos militares por meio dos mecanismos formais de monitoramento, a experiência da SANDF na MONUSCO tem gerado impacto negativo para a ratificação da eficiência, a qual tem, consequentemente, atenuado os ganhos advindos dos esforços formais de supervisão de Pretória sobre o controle dos militares na África do Sul pós-apartheid, colocando o Estado em uma situação de dubiedade em relação ao adequado controle civil e à harmonia das relações civis-militares.Palavras-Chave: Relações civis-militares; SANDF; MONUSCO.