O envelhecimento humano é um fenômeno complexo e deletério, podendo ser compreendido através de concepções biológicas, cronológicas e culturais. Considerando as pluralidades que envolvem as conceitualizações e classificações sobre o normal e o patológico nas áreas das ciências médicas e sociais, identificamos uma carência de estudos relacionados à revisão conceitual e classificatória na Arqueologia, principalmente dos processos naturais de envelhecimento e elaboração do perfil biológico dos envelhecidos. Objetiva-se revisitar algumas discussões sobre doenças e envelhecimento, tanto no âmbito fisiológico, quanto no cultural, contrapondo com as classificações e patologias descritas nos manuais de osteoarqueologia. Foram analisadas algumas condições patológicas e ontogênicas, suas definições no que tange às doenças relacionadas ao envelhecimento. Algumas patologias estão relacionadas diretamente aos processos degenerativos do envelhecimento. As normatividades classificatórias interferem nas interpretações arqueológicas, por considerarmos que algumas alterações, quando associadas a indivíduos envelhecidos, não devem ser classificadas como patologias, mas como processos naturais de senescência.