“…Essa segunda hipótese continua sendo considerada a mais provável, pois permite entender melhor o bloqueio da condução de impulsos nervosos na zona de compressão, a resposta normal de nervos situados distalmente à referida região, a maior sensibilidade dos nervos radial ("queda da mão") e fibular ("queda do pé"), o menor sofrimento e a recuperação mais rápida das fibras sensitivas em relação às motoras de um mesmo nervo misto, a menor freqüência de paralisia causada por torniquetes colocados em regiões onde existem dois ossos e a redução da incidência da complicação, mas longe de sua eliminação, após o uso mais freqüente de torniquetes pneumáticos 3,4,75 Em relação a paradas cardíacas, há relatos de duas ocorrências com ARI, em 1965 e 1971, ambas com recuperação completa, sem seqüelas 3,75 ; uma terceira parada cardíaca, também bem resolvida, surgiu em 1986 durante a administração de bupivacaína (0,25% -100 mg) em paciente idosa e hipertensa 3, 75 . Alguns óbitos ocorreram em pronto-socorros da Inglaterra entre 1979 e 1983, durante ARI instaladas, em todos os casos, em jovens ou crianças, com altas doses de bupivacaína, em serviços de emergência, com torniquetes pneumáticos desinflados em momentos inapropriados, realizadas por médicos residentes não-anestesiologistas e que também, em certas ocasiões, efetuaram simultaneamente as respectivas intervenções cirúrgicas 3, 57,63,75,151 . Outro óbito ocorreu mais recentemente na América do Norte após convulsões causadas por uso de lidocaína em alta concentração e dose e por anestesiologista e instituição sem experiência com a ARI 63 .…”