“…Os autores vinculados à chamada Escola de Sociologia da USP -como Cardoso (1962), Ianni (2004), Fernandes (1976) e Costa (1998) -difundiram (com diferenças particulares entre eles) a afirmação de uma incompatibilidade do trabalho escravo com as melhorias tecnológicas da produção cafeeira, e que o sistema de produção escravocrata era economicamente menos racional do que o trabalho livre. Em outra direção, autores como Versiani (1994), Mello e Slenes (1980) recusaram a incompatibilidade entre escravidão e racionalidade econômica, compreendendo a escravidão a partir de uma análise restrita ao comportamento racional dos seus agentes econômicos (os proprietários de escravos). Gorender (2010), Prado Jr. (2008 e Tomich (2011) desvelam as limitações e o caráter mecanicista destas argumentações da Teoria Econômica da escravidão.…”