No Brasil, alguma ações vêm sendo efetivadas, com vistas a prevenir possíveis deficiências que podem atingir a criança desde seus primeiros anos de vida. Para tanto, este estudo tem como objetivo principal, analisar o processo de aprendizagem e de desenvolvimento de 30 crianças nascidas prematuras, com idades gestacionais de até 35 semanas, acompanhadas pelo Núcleo do Hospital Universitário em Campo Grande, MS. Tratou-se de uma pesquisa de base qualitativa apoiada na perspectiva histórico-cultural utilizando, inicialmente, entrevistas com familiares e profissionais do setor. Tais dados foram associados às informações dos prontuários, dos protocolos das crianças, além de, após a alta, nos atendimentos ambulatoriais, serem avaliadas nos aspectos cognitivo, afetivo, social e motor, conforme as avaliações apoiadas na escala de desenvolvimento do comportamento da criança, de Batista Pinto, Villanova e Vieira (1997), no Inventário de Níveis de Funcionamento Psicossocial, elaborado por Leal (2004). Nesse momento foram observados os impactos da prematuridade sob os processos de aprendizagem e de desenvolvimento dessas crianças, levantando-se maiores dificuldades em comportamentos ou competências relativas às áreas de comunicação, locomoção e independência. Após esse período, sugere-se que essas crianças sejam assistidas nos centros de educação infantil e pela Classe Hospitalar, quando em situação de hospitalização.