Estudos fotofísicos e fotobiológicos de sistemas de liberação contendo o fármaco fotossensível cloro-ftalocianina de alumínio para aplicação em terapia fotodinâmica
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS DE RIBEIRÃO PRETOEstudos fotofísicos e fotobiológicos de sistemas de liberação contendo o fármaco fotossensível cloro-ftalocianina de alumínio para aplicação em terapia fotodinâmica A terapia fotodinâmica (TFD) tem se apresentado nos últimos anos como uma alternativa para o tratamento de tumores cutâneos, viscerais e sistêmicos, demonstrando resultados promissores, tanto em estudos in vitro como in vivo. Trata-se de uma técnica simples e não invasiva. A terapia consiste na excitação de um fármaco fotossensibilizante por uma fonte de luz visível que depois de absorvida pela molécula, leva a produção espécies reativas de oxigênio (EROs) em presença do oxigênio molecular por uma sequencia de reações fotoquímicas. Nesse trabalho propõe-se a preparação, caracterização e detreminação da atividade fotodinâmica de uma nanoemulsão rica em colesterol e de lipossomas ultradeformáveis como novos sistemas formulations demonstrated that the incorporation was able to improve its photophysical characteristics. In in vitro studies, the drug delivery systems showed no cytotoxicity in the absence of light, but demonstrated increased in PcAlCl photodynamic activity up to 80% over the PcAlCl free when irradiated. All formulations showed characteristics, which cooperates with the use of these drug delivery systems for, increased the PcAlCl photodynamic activity for glioblastoma and melanoma treatment.Keywords: Glioblastoma, Melanoma, Liposome, LDE, Photodynamic therapy. 1 1. Introdução
Gliomas e a barreira hematoencefálica (BHE)Gliomas malignos estão entre os tipos mais comuns de tumores cerebrais, ocorrendo em 5-7 a cada 100.000 indivíduos por ano (LARJAVAARA et al., 2007;SEHMER et al., 2014 et al., 2016). Esse tipo de patologia é sempre associado a um prognóstico ruim, podendo acometer qualquer parte do tecido cerebral e da medula espinhal, e a uma expectativa de vida muito curta entre 12 e 15 meses (ROBERTS et al., 2011;SCHNEIDER et al., 2016). Como opção mais utilizada de tratamento, adota-se ressecção cirúrgica, seguida por tratamento com radiação e quimioterapia com Temozolamida, que combinadas conferem um período médio de sobrevivência do paciente de até 14,6 meses (STUPP , MASON e VAN DEN BEUF, 2005;ZHANG et al., 2016). Contudo, às células do glioma tem apresentado resistência à radiação e a quimioterapia com base nos protocolos difundidos utilizados frequentemente (JOHANSSON et al., 2010). Além disso, a natureza das células tumorais do GBM e a existência de barreiras fisiológicas, especialmente a barreira hematoencefálica (BHE), o GBM continua sem cura. A falta da capacidade de permeação de fármacos na BHE faz com que o tratamento quimioterápico do glioblastoma seja limitado (LI et al., 2014c).A barreira hematoencefálica (BHE) é uma barreira celular que separa o sangue do tecido cerebral que regula a ...