“…Entendendo a escola como "[...] um lugar na cultura, um lugar onde a cultura circula, onde culturas se encontram e negociam, onde se produz e consome cultura [...]" (COSTA; MOMO, 2009, p. 524), um lugar que ensina sobre "[...] nosso período histórico e sobre novas funcões e significados [...]" (COSTA; MOMO, 2009, p. 524); consequentemente, em uma cultura em que o consumo está na ordem do dia, notam-se cruciais e inegáveis condições de possibilidade para a sua emergência nos espaços e tempos das escolas brasileiras. Em outros termos, para além de uma Pedagogia Cultural (STEINBERG; KINCHELOE, 2004), o consumo passou, oficialmente, a fazer parte do conjunto de práticas de significacões do currículo brasileiro (IGNÁCIO, 2014;2020), recebendo legitimidade, relevância e status de objeto de conhecimento selecionado e considerado pertinente à formacão dos sujeitos sociais escolares. Expresso em documentos normativos, planos de aula, livros didáticos e paradidáticos e práticas pedagógicas, nota-se que o consumo, em tempos presentes, passou por um processo de pedagogização, que forjou uma grade de inteligibilidade acerca da forma adequada de consumir, promovendo a racionalização dos sujeitos escolares para a sociedade de consumo (IGNÁCIO, 2014;2020).…”