A discussão sobre a inclusão das pessoas com deficiências, nas poucas vezes em que ocorre, centraliza-se em debates circunscritos à questão da Lei de Cotas, ao Marketing inclusivo ou as políticas públicas. Tais questões surgem em razão da ineficiência da operacionalização dos mesmos, o que contribui para perpetuar a segregação social do referido grupo. O presente artigo tem por objetivo verificar junto às escolas públicas de Administração da região metropolitana do Rio de Janeiro como estas procuram formar seus alunos para atuarem enquanto gestores inclusivos. A consecução da investigação se deu por meio da metodologia de estudo de múltiplos casos – UFRJ, UERJ e UFF, cujos dados foram coletados por meio de entrevistas e questionários, que foram analisados à luz dos conceitos sobre inclusão de pessoas com deficiências, formação em administração e educação problematizadora. Os principais resultados obtidos mostram que o tema em questão não faz parte da agenda das universidades públicas, algumas vezes sequer sendo reconhecido enquanto tema, mesmo com as iniciativas feitas pelo Ministério da Educação e com os diversos indicadores sociais que evidenciam a marginalização social das pessoas com deficiências.